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Empatia: a melhor forma de ajudar alguém em sofrimento

Empatia: a melhor forma de ajudar alguém em sofrimento

Pra você, o que significa ajudar alguém? Qual a sua postura diante de alguém que você estima e que está em sofrimento? Quando desabafa ou está perdido e afins?

O que mais tenho aprendido com o amadurecimento da minha caminhada na Comunicação não-violenta e na Abordagem Centrada na Pessoa é o significado do termo “ajuda”. Noto uma transformação em todas as minhas relações, com todas as pessoas que amo, sem exceção.

Ansioso que sou, qualquer problema de alguém próximo já me inclina a impulsos solucionadores. Sabe? Se é dinheiro, a gente consegue! Eu dou um jeito aqui, te empresto. É trabalho? Seu chefe? Que tal mandarmos uns currículos? Aquela pessoa não é o que você imaginava, né? Conheço alguém que você vai gostar com certeza!

Não tem nada que a gente não possa dar um jeitinho! O que eu não sabia é que esses impulsos serviam mais pra cuidar de um angústia minha (ao ver alguém que gosto sofrendo), do que necessariamente cuidar daquele que precisa de mim.

O que vejo como um gesto nobre… mas e o outro? Estou realmente o enxergando? Estou genuína e profundamente em contato com a sua dor, seus sentimentos e necessidades, sua angústia e enfim?

Ideias mirabolantes, criativas… Às vezes eu até assumia aquele problema pra mim! E quando a pessoa mesmo não se movimenta pra solucionar? Puts, aí era um sofrimento dobrado por ela… “Como pode, ora essa”?

O que fui percebendo é que depois desses impulsos, a outra pessoa costuma a sair pior. Solitária, como se ninguém a entendesse, e, algumas vezes, com um olhar pesado em cima dela mesma.

Sabe quando você está precisando desabafar e alguém interrompe o seu fluxo cheio de respostas e soluções? É sufocante, não é?

Ainda é difícil pra mim realmente ter esse cuidado, mas descubro que a medida que acolho a outra pessoa e a permito ser o que é, quando posso realmente ser companhia pra ela em sua dor, então ela encontra caminhos maravilhosos os quais eu sequer seria capaz de imaginar.

E aí… ela me agradece! Como se eu tivesse feito algo. E, mesmo com a ansiedade dizendo que não, eu sei que realmente fiz. Eu me conectei com outro ser humano! E isso é algo muito grande pra mim.

Chama-se empatia. Parece um processo passivo, de não fazer nada. Mas estar presente é uma escolha extremamente ativa que exige de nós um grau raro de disponibilidade e atenção.

A apreensão às vezes fica gritando conselhos, me mandando intervir, não querendo aceitar o tempo e as oscilações do outro… Muitas vezes eu acabo cedendo. Mas fico incrivelmente esperançoso quando vejo que posso contribuir de verdade com a vida e o bem-estar de alguém.

Confiando e respeitando a sua capacidade de ser quem é, de se atualizar e encontrar os seus próprios caminhos. Esses são os princípios de Carl Rogers, que desenvolveu a sua abordagem baseada na confiança na capacidade de todo organismo, todo ser vivo, se atualizar e encontrar seus próprios caminhos.

E pra você, como é se relacionar com os desafios enfrentados pelas pessoas que ama?

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